sábado, 21 de abril de 2007

Dia das Mães terá presente barato com móveis e celular

O Globo Online
SÃO PAULO (Reuters) - O Dia das Mães, data de maior movimento para o varejo depois do Natal, deve impulsionar as vendas de produtos de menor custo, como móveis, informática e telefones celulares, apontam os números de uma pesquisa da Fundação Instituto de Administração (FIA), vinculada à Universidade de São Paulo (USP).
"Isso deve acontecer porque muitos consumidores estão em financiamentos caros, como os de automóveis, que acabam enxugando as possibilidades. Como a sobra (de renda) será menor, a opção será os produtos baratos", disse a jornalistas o professor Claudio Felisoni de Angelo, um dos organizadores do estudo.
De acordo com a sondagem Expectativas de Consumo, divulgada nesta quinta-feira, a estimativa da parcela de renda que sobrará no bolso do paulistano depois de pagar outros compromissos entre abril e junho caiu para 11,7 por cento, ante 20,6 por cento no mesmo período de 2006. Entre janeiro e março de 2007, o número foi de 16,9 por cento.
Segundo a pesquisa, os móveis atraem 10,8 por cento dos interessados em fazer compras no trimestre. Em seguida, aparecem os produtos de informática, com 10 por cento.
Apesar das perspectivas de desaceleração do crescimento das vendas de celulares, os consumidores enxergam os telefones móveis como terceira principal opção nas intenções de compra, com 9 por cento.
"O Dia das Mães vai ajudar um pouco a ampliar esse mercado (celular) que ainda não se transformou definitivamente em um mercado de substituição de aparelhos", afirmou o professor.
Especialistas do setor de telecomunicações afirmam que as operadores atualmente têm mais interesse em ampliar a receita por usuário e as margens do que em elevar a base de assinantes rapidamente.
Na terça-feira, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) divulgou que a base de celulares no país chegou a 102,13 milhões de unidades em março, com um avanço de quase 1 milhão de aparelhos em relação ao mês anterior.
Em 12 meses, o crescimento de usuários de telefonia móvel foi de 14,3 por cento.
A sondagem da FIA pesquisou os setores de linha branca (máquinas de lavar, secar, geladeira), eletroeletrônicos, móveis, material de construção, automóveis, telefonia e celulares, informática, foto e ótica (máquina fotográfica, filmes, óculos), cama mesa e banho e autopeças.
MÓVEIS
O destaque para os móveis é um sinal de que as pessoas já reformaram suas casas ou adquiriram novas moradias, declarou o professor da USP.
No trimestre anterior, os gastos com material de construção ocupavam o terceiro lugar na lista de intenção de compra, com seis por cento. Na atual sondagem, eles recuaram a 4,4 por cento.
A perspectiva de o cenário da pesquisa se concretizar pode ser medida pelo índice de consumidores que não pretendem fazer compras neste trimestre.
No começo do ano, em meio às liquidações depois do Natal, o número era de 54,8 por cento e agora, perto do Dia das Mães, ele é de 45,2 por cento. No segundo trimestre do ano passado, o nível era de 30,8 por cento.
A pesquisa entrevistou 500 consumidores na cidade de São Paulo e o levantamento tem margem de erro de 5 por cento.

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