quarta-feira, 14 de março de 2012

Nossa formação cultural nos transforma em Ladrões..

Li um livro recentemente do Eike Batista. É, aquele que ficou mais famoso por pegar a Luma do que por ser rico.. sacanagem!
Mas lendo o livro do Eike, empresário que adimiro, e pensando em tudo que escuto ou já escutei sobre ele, chego a conclusão que qualquer um que ganhe um pouco de dinheiro ou que tenha um pouco de sucesso nesse País, já é tachado de desonesto, de ladrão.
Saindo do universo do Bilhão e entrando nos centavos, me sinto assim. Sempre julgado como não muito honesto.
Tenho uma empresa de comércio de produtos de tecnologia. Movimento muita mercadoria, muitos clientes atendidos por mês, um tanto bom de funcionários, pago mais imposto que acho justo mas, toda e qualquer fiscalização que apareça, mesmo as de rotina, a postura inicial do Fiscal é: sei que vocês devem ter rolo. Todo mundo tem!
O Estado de Minas então quando fiscaliza ele já te autua preventivamente tipo: - não achei nada, mas isso é estranho e vou te multar.
Exagero a parte, mas em nossa cultura não adimiramos o sucesso e o empreendedorismo como se deve. Um empresário como o Eike, na cultura americana seria nome de Universidade, paraninfo desejado, bajulado por presidentes e simbolo do País. Na nossa salada cultural ele é um homem que se beneficiou do Pai que foi abraçado pelo Regime Militar.
Parece que no Brasil todo empresário é All Capone, toda gostosa é P....., e por ai vai...

segunda-feira, 12 de março de 2012

Estamos educando nossos filhos diferente ...

O novo modelo de educação que nossas crianças recebem realmente deve estar errado.
Depois que cresci, sempre achei que meus Pais eram meio displicentes com a segurança de meus irmãos e minha. Explico. Eu, por exemplo, quando tinha uns 14 anos saia de casa cedo, mas põe cedo nisso, para surfar. Morava em Recife nessa época. Saia de casa ainda a noite, de bicicleta, pedalava uns 5 quilômetros até uma região que não tinha nada além de uma pequena venda "do seu pauzinho". Sei lá porque chamavam ele disso.
Lá deixávamos as bicicletas ao cuidado dele, em troca de comprar coca cola e um sanduíche de pão doce. Atravessava um Rio, o Jaboatão e ia surfar um uma ilha que era na época plantação de coco da Sococo.
Passávamos o dia lá, e voltávamos ao entardecer. As 7 da noite estávamos em casa sentados para jantar.
Ou mesmo quando bricavámos na praia, ou nas ruas vizinhas de casa, a única coisa que sabiamos é que tínha  que estar em casa na hora do almoço ou jantar. Meus pais sabiam que nesse horário estaríamos em casa e só. Por muitas vezes não tinham a minima idéia de onde estávamos.
Hoje vejo crianças com menos de 10 anos com Iphone no bolso. Ou outros preocupados em passear no shopping e encontrar "aquela gatinha".
Pais que para chamar o filho que está brincando no condomínio ligam no celular.
Na minha época até 15, 16 anos ninguém tinha namorada. Todo mundo vivia ralado, com dedo esfolado de jogar descalço no asfalto e era super normal isso.
Esses males das crianças atuais como "bullyng" não existiam. E tinha gordinho na sala, magrelo, dentuço, rico e pobre. Era normal ser "zoado" e "zoar" dos amigos. Estranho era não ter apelido.
Antes quando o pai falava era uma vez só. O chamado soava como trovão. Hoje para chamar nossas crianças, chamamos 2,3 4 vezes.  E escutamos sempre perai que tá acabando o desenho ou só falta essa fase.
Uma coisa realmente acredito. Com criança não tem democracia. O adulto fala e ela tinha que obedecer. Me parece que hoje permitimos argumentos demais, oferecemos informação demais. Tínhamos que responder sempre quando eles questionarem nosas atitudes, querendo saber o "por que ", com um simples "porque sou seu pai " e pronto. De resto deixemos eles simplesmente serem crianças.